Um dos poucos municípios da região a ceder a pressão do governo estadual e permitir que seu sistema de fornecimento de água fosse levado a leilão, Natividade, como já era previsto, sofre com os custos da privatização.
Além de relatos de faturas que aumentaram vertiginosamente, consumidores ainda tem reclamado do valor de outras taxas cobradas pela Rio+Saneamento, que sucedeu a estatal Companhia Estadual de Águas e Esgoto (CEDAE), que continua a operar normalmente em municípios vizinhos, como Itaperuna, Porciúncula, Varre-Sai, Bom Jesus do Itabapoana, dentre outros.
Moradores de Natividade, em contato com o jornalismo da Rádio Natividade, se queixam da taxa de desligamento e religação que está sendo imposta, em razão de corte do fornecimento por questão de inadimplência.
– Meus pais, que são muito humildes, passaram por dificuldades financeiras e ficaram, de fato, com as contas atrasadas, o que resultou no corte do fornecimento. Com muito sacrifício, eles conseguiram negociar para quitar o atrasado. No entanto, após pagar o boleto, a empresa apresentou outra conta, superior aos R$ 300, que alegaram ser referente a taxa de religação do serviço. Eles não têm condições de arcam com mais essa despesa e por isso, permanecem sem água, – destacou uma moradora do bairro Pedro Gomes, um dos mais carentes de Natividade.
Questionada, através de nota a Rio+, sustentou “que as taxas de corte e religação estão previstas no Regulamento dos Serviços Públicos de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário, emitido pela Agenersa e aprovado pelo Governo do Estado, sendo, portanto, devidas”.