Prefeitos eleito e interino de Natividade sinalizam para a possibilidade de transição

É percebível a olhos nus, a existência de um clima tenso e até mesmo beligerante no atual cenário político de Natividade, por conta das questões envolvendo a disputa majoritária de 2024, que tem se arrastado desde outubro passado.

Candidato mais votado e com larga vantagem, o ex-prefeito Marcos Antônio Toledo, o Taninho (UNIÃO), desde então se encontrava impedido de assumir o cargo pelo TRE/RJ, por conta de uma condenação por improbidade administrativa, contrariando assim, sentença de primeira instância, que o havia habilitado para a disputa.

Diante do cenário, assumiu interinamente em 1º de janeiro, o presidente da Câmara, vereador Fabrício Mosquinha, até então seu companheiro de legenda. Contudo, pouco tempo depois, houve um racha entre os dois políticos, que acabaram por se afastar cada vez mais com o passar dos meses e hoje, são considerados adversários ferrenhos.

Ocorre que na última semana, Taninho através de decisão monocrática do ministro Nunes Marques do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), teve reconhecido o direito de assumir o cargo, até o trânsito em julgado do caso.

A partir de então, o tema passou a pautar as rodas de conversa no município e a pergunta mais recorrente, era quando ele assumiria de fato.

Pois bem, na tarde desta terça-feira (13), a juíza Leidejane Chieza Gomes da 43ª Zona Eleitoral, acabou com o suspense, bateu o martelo e definiu o dia 03 de junho, como o dia da diplomação de Taninho e seu vice, o ex-vereador Claudão.

Mais e aí? O que fazer neste espaço de tempo? Com uma situação tão acirrada, seria possível falar em processo de transição, ainda que extremamente curto?

O que dizem as partes

Mantivemos contato com os dois lados e a resposta se revelou positiva por parte de ambos, revelando maturidade política. Questionado, Fabrício Mosquinha, destacou não ver nenhum problema, se colocando à disposição da equipe do eleito.

– Estou sempre disposto ao melhor para Natividade, – afirmou

Taninho, também se mostrou receptivo para a possibilidade, acrescentando se tratar de uma ação extremante importante e necessária.

– Vejo com bons olhos. É totalmente necessária! Estamos correndo contra o tempo e precisamos acelerar, – destacou.

Posto isso e havendo o concenso neste quesito, se faz necessário baixar as armas, deixar as diferenças de lado! E parafraseando os dois políticos, “pelo bem de Natividade”, o momento é de “acelerar as tratativas” e fazer, com pressa, o que tem que ser feito, já que há muito tempo, nossa amada Natividade, caminha a passos para lá de lentos.

Por Vanderson Garcia – Jornalista