O Rio de Janeiro foi palco nesta terça-feira, 28 de outubro de 2025, de uma megaoperação de segurança pública que mobilizou cerca de 2.500 agentes das Polícias Civil e Militar. Batizada de “Operação Contenção”, a ação teve como foco principal os complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte, e objetivava combater a expansão territorial da facção criminosa Comando Vermelho (CV) e prender importantes lideranças da quadrilha que atuam no Rio e em outros estados.
A grandiosidade da operação — classificada pelo Governo do Estado como a maior dos últimos 15 anos — foi reforçada por um vasto aparato tecnológico e logístico, que incluiu o uso de drones, dois helicópteros, 32 veículos blindados terrestres e 12 veículos de demolição.
Os confrontos generalizados resultaram em um dia de caos para a população. Em retaliação à investida policial, criminosos ordenaram o fechamento de ruas e promoveram bloqueios com a utilização de lixeiras, pneus em chamas e coletivos, paralisando diversas vias da cidade. Como medida de segurança, a Secretaria Municipal de Educação informou que 48 escolas suspenderam as atividades nas áreas afetadas.
O saldo da operação é marcado por uma elevada letalidade. Segundo dados oficiais preliminares divulgados pelo Palácio Guanabara, o confronto resultou em 64 mortes, sendo 60 apontadas como suspeitas de serem criminosos e quatro policiais (dois civis e dois militares do BOPE) mortos em serviço. Além disso, 81 pessoas foram presas e 75 fuzis que estavam em posse da facção foram apreendidos.
A Operação Contenção de 28 de outubro de 2025 entrou para a história do estado como a mais letal já registrada, superando o número de vítimas da ação no Jacarezinho em 2021, que resultou em 28 mortes. O Governador do Rio de Janeiro, em entrevista coletiva, defendeu a ação, afirmando que a mesma foi “extremamente planejada e estudada”, e teceu críticas ao Governo Federal, a quem acusou de não dar a devida preocupação à segurança pública estadual.
Da redação da Rádio Natividade com agências
Natividade FM