Natividade FM
No final da madrugada desta terça-feira (sim, acordo muito cedo, todos os dias), dando uma repassada em busca de fontes de informações relevantes, me deparei com um artigo, do professor federal e ex-candidato a prefeito de Natividade, Roberto Filho, que juguei muito interessante.
No texto, ele fala sobre gestão pública e principalmente, sobre o fato dela, ser realizada por muitas mãos, em especial, sobre um recente anúncio da futura construção de unidades habitacionais no município de Natividade.
Mas certamente, a reflexão é válida para um contexto amplo, não apenas a nível local. Tomo a liberdade de reproduzir o texto logo abaixo e compartilha-lo com nossos leitores (as).
Vanderson Garcia – Jornalista
*As casas populares como confirmação de que a gestão pública é um processo moldado por muitas mãos.
Na gestão municipal, por mais que alguns colham os frutos, o trabalho é, muitas vezes, resultado de um trabalho conjunto, onde muitas mãos (algumas que acabam sendo esquecidas) contribuíram pra que tudo chegasse aonde chegou ou chegará.
A burocracia (ainda) é uma marca na gestão pública. Determinadas questões demoram meses, até anos, para sair do papel e estarem disponíveis para que nós (a população) possamos usufruir.
O anúncio das casas populares que serão construídas em Natividade é um bom exemplo disso.
Começaram a ser tratadas no governo Severiano, onde toda articulação inicial ocorreu, onde documentos foram preparados e protocolizados; Seguiu e teve a assinatura do convênio para construção agora no governo Mosquinha, que também teve papel importante na articulação; Serão construídas e entregues no governo Taninho (ou por quem vier a substituí-lo, se houver algo nesse sentido).
Cada um teve e terá um papel importante nesse exemplo que serve pra ilustrar essa dentre várias políticas públicas que são fruto do trabalho combinado de gestores que passaram e que ainda estão por vir.
Por isso a continuidade é tão importante. Por isso o respeito é importante. Por isso conhecer a fundo todos que ajudaram na conquista das coisas boas que chegam e chegarão para a população é tão importante. Mesmo que a permanência seja curta (imaginemos o período de 5 meses do governo interino atual), nesse curto prazo é possível colher frutos que foram semeados antes e plantar sementes que serão colhidos por quem vier.
Poderíamos aqui falar da reconstrução da Escola Creche Municipal 6 de setembro, que em breve iniciará, a assinatura da parceria com o SEBRAE para Casa do Empreendedor da última sexta, que seguirá beneficiando os pequenos empreendedores durante o próximo governo, dentre tantas coisas que são plantadas lá atrás ou agora e serão colhidas por quem chegará.
Como as árvores que dão sombra e fruto para as gerações futuras, devemos pensar na política, muitas vezes, da mesma forma.
Claro que gostaríamos sempre de colher o que plantamos. Mas devemos ter em mente que o importante é a contribuição que deixamos (ainda que não tenhamos reconhecimento disso). Saber o bem que fazemos mesmo quando ninguém sabe, já é, por si só, algo que compensa a energia que quem detém algum mandato poderia ter/querer.
Quando entendermos que o próximo passo da evolução humana é a cooperação e não a competição, muito mais sementes vão ser plantadas para que, apesar de “outros colherem”, todos aqueles que queríamos que saíssem ganhando com isso assim sairão (nossa população).
*Por professor Roberto Filho