Faltando pouco mais de 30 dias para o início da nova legislatura, a disputa pelo comando da Câmara de Vereadores de Natividade, segue em aberto. E nesta quinta-feira (21), um no cenário foi acrescentado ao pleito. Parte integrante do grupo de Murilo Júnior, Bernardo de Pinho (PL), que retornará à Casa de Leis após receber 279 votos, informou que colocará seu nome à disposição dos demais colegas.
Com isso, até o momento são três nomes que seguem no páreo. Além de Bernardo, são postulantes ao cargo de presidente, Mosquinha (UNIÃO) e Filho Barreto (Solidariedade). O atual presidente, Lucas Merson (Solidariedade), que chegou a ensaiar uma tentativa de recondução, segundo fontes, teria recuado na ideia.
Pelo regimento interno, chapas podem ser apresentadas até minutos antes da sessão de 01/01/2025, que escolherá os integrantes da mesa.
Se originalmente a eleição da mesa diretora já é bastante disputada, em Natividade, neste próximo ano em especial (é definida na cerimônia de posse em 01 de janeiro), ela ganha ares bem maiores, sobretudo por conta da indefinição da disputa para prefeito.
Campeão nas urnas no último dia 06, Taninho (UNIÃO), conta em seu desfavor, com decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ), que acatou recurso do MP e da coligação de Murillo Júnior, reformando sentença da 43ª Zona Eleitoral e declarando sua inegibilidade, com base na Lei da Ficha Limpa.
O caso ainda está sendo avaliado pelo TSE, que pode modificar ou corroborar o que definiram os desembargadores, por unanimidade. Em outras palavras, até a presente data, Natividade não teve seu prefeito eleito proclamado.
E é justamente aí, que reside toda a importância da escolha do presidente do legislativo. Pouco antes da eleição e diante de eventuais dúvidas, durante entrevista concedida à Rádio Natividade a juíza Leidejane Chieza, esclareceu a situação.
“Se o TSE der ganho de causa ao candidato mais votado, vida que segue! Ele será diplomado e empossado. Do contrário, nova eleição deverá ser convocada”, cravou a magistrada, sepultando ainda a ideia de que o segundo colocado seria o herdeiro do mandato, o que de fato, já existiu no passado, mas não mais.
Caso a cidade tenha que de fato voltar às urnas, quem assume interinamente é justamente o presidente da Câmara, que exercerá um governo provisório, até que a nova chapa seja confirmada como favorita pelos quase 13 mil eleitores do município.
Por Vanderson Garcia – Jornalista