Mais de 10 dias após o aparecimento dos primeiros peixes da espécie “dourado” mortos no Rio Paraíba do Sul, o caso ainda é um mistério. Animais mortos e doentes continuam aparecendo de Batatal, em Itaocara, até São Fidélis. O que intriga é que apenas dourados têm aparecido boiando, alguns agonizando, outros em estado de putrefação.
As Secretarias de Meio Ambiente das Prefeituras de Itaocara e São Fidélis emitiram uma nota, assim como a Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (FIPERJ).
FIPERJ
“A Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (FIPERJ), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento, vem por meio deste, comunicar que está acompanhando com atenção, através dos seus Escritórios Regionais, o aparecimento de peixes mortos na calha do Rio Paraíba do Sul.Os peixes encontrados são da espécie Salminus brasiliensis, conhecido popularmente como Dourado. Além disso, a FIPERJ está em constante diálogo com as instituições acadêmicas, de pesquisa, extensão e ambientais, para que possamos somar esforços e descobrir a causa dessa mortalidade atípica. Salientamos também o esforço da Colônia de Pescadores Z21, que incansavelmente, desde o aparecimento dos primeiros peixes mortos, vem acionando e articulando junto as instituições para a elucidação do fato e assim esclarecer a população e os pescadores de São Fidélis.
Assim que tivermos informações mais atualizadas estaremos nos reportando através dos meios oficiais de comunicação.”
Prefeitura de Itaocara
“A Prefeitura de Itaocara, através da Secretaria de Meio Ambiente de Itaocara – SEMAI, informa que recebeu três registros fotográficos de exemplares de dourado (Salminus brasiliensis), mortos, sendo dois na quarta-feira (21/6/2023) e um na quinta-feira (22/6/2023). As aparições foram em pontos distintos do Rio Paraíba do Sul (Batatal, Campo de Sementes e Portela). Esses foram os primeiros registros, em Itaocara, que chegaram ao conhecimento da SEMAI. Desde então, estamos acompanhando o ocorrido em colaboração com órgãos ambientais e instituições não governamentais ligadas à pesca artesanal (Colônia de Pescadores Z-21 de São Fidélis) e a de conservação ambiental (Projeto Piabanha).
Os fatos estão sendo apurados. Para isso, a SEMAI orienta que os peixes mortos não sejam consumidos. Exemplares atordoados/moribundos deverão ser coletados e entregues, o mais rápido possível, no Projeto Piabanha (Campo de Sementes) e na SEMAI. Nessas instituições os peixes terão as suas vísceras retiradas e armazenadas em formol a 10%. Em seguida as amostras (vísceras) serão encaminhadas para os órgãos competentes para a determinação do diagnóstico técnico. A SEMAI orienta seguir as seguintes instruções caso novos dourados sejam avistados: informar a localidade, horário e, se possível, fotografar ou filmar, além de retirar o animal da água para evitar duplicidade de registros. O contato pode ser feito pelo WhatsApp (22) 98120-8730 ou procurar a Secretaria Municipal de Meio Ambiente na Praça Toledo Piza (por cima da rodoviária), Centro. Para denúncias anônimas de crimes ambientais, o canal é o Linha Verde (0300 253 1177).”
Prefeitura de São Fidélis
“A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Ambiental, juntamente com a Secretaria Municipal de Agricultura e Pesca, informam que estão acompanhando o caso dos peixes da espécie dourado encontrados mortos no Rio Paraíba do Sul, em conjunto com a Colônia de Pescadores de São Fidélis. Até o momento, apenas peixes da espécie dourado foram encontrados mortos, enquanto outras espécies não foram afetadas, o que levanta questionamentos que serão esclarecidos por meio de análises mais aprofundadas. Estudos estão sendo conduzidos por instituições competentes em laboratórios, e assim que tivermos os resultados dessas análises, iremos informar a população sobre os desdobramentos e próximas ações a serem tomadas. Pedimos que aguardem informações da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Ambiental e Agricultura e Pesca, e evitem buscar notícias em fontes não oficiais do governo estadual ou municipal. Reforçamos que estamos disponíveis para colaborar com a Colônia de Pescadores, o Projeto Piabanha, a FIPERJ, a UENF e todos os moradores, visando o bem-estar coletivo e a busca por soluções adequadas.”
Fonte: Folha Itaocarense