“Adgair era uma pessoa maravilhosa. Ela não merecia isso, foi uma tragédia”, disse Rogério Ferreira, sobrinho da idosa que morreu na última segunda-feira (5). A mineira Adgair de Souza Silva faria 92 anos, morava sozinha no Rio. A idosa foi atropelada por um ônibus da linha 422 (Cosme Velho-Grajaú), na Rua Bento Lisboa, no Catete, na Zona Sul.
Abalado, Rogério Ferreira explicou como recebeu a notícia da morte. “Eu estava no apartamento dela, esperando ela chegar. De repente, uma conhecida chegou lá e me avisou que um ônibus havia atropelado a minha tia”, relatou.
Adgair, mesmo com 91 anos de idade, era uma pessoa ativa e costumava andar constantemente de ônibus. “Ela andava de ônibus pra cima e para baixo. Era uma pessoa ativa e não tinha problema nenhum. Ela só estava sentindo uma dor na coluna”, explicou o sobrinho.
Ainda segundo o sobrinho, após o acidente, o motorista do ônibus não parou para prestar socorro. “Ele [o motorista] deve ter olhado para trás para ver se vinha carro e foi embora. Uma pessoa viu e gritou para o condutor parar, pois ele havia passado por cima de uma pessoa, mas ele continuou. 50 metros a frente, ele parou o ônibus, mas deu a desculpa de que iriam linchar ele”, contou Rogério.
Em nota, o Rio Ônibus lamentou o acidente e informou que “a empresa aguarda realização de perícia técnica e está à disposição das autoridades”.
Rogério, indignado, comentou sobre a demora para retirarem o corpo de sua tia da rua. “Isso foi o absurdo dos absurdos. O acidente aconteceu por volta das 12h20 e só retiraram o corpo às 18h”, relatou.
O Corpo de Bombeiros informou que foram acionados às 12h26, mas só removeram o corpo da vítima após a perícia da Polícia Civil.
Por ser mineira, Adgair de Souza Silva será enterrada nesta quarta-feira (7), dia de seu aniversário, no município de Carangola, em Minas Gerais. Procurada, a Transurb, empresa que administra a linha 422, ainda não se manifestou sobre o acidente. O espaço segue aberto para manifestação.
Fonte: O Dia