A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) vive uma tarde de intensa tensão e negociações políticas. Após o presidente da Casa, deputado Rodrigo Bacellar (União Brasil), ser preso preventivamente pela Polícia Federal (PF) na quarta-feira (3) pela Operação Unha e Carne, os 69 deputados estaduais em exercício decidem nesta segunda-feira (8) o destino do colega.
A manutenção ou revogação da prisão, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes (STF), depende do voto da maioria absoluta da Alerj.
Pela manhã, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa analisou o caso, que envolve acusações de vazamento de informações sigilosas e tentativa de destruição de provas na Operação Zargun.
O parecer que recomenda a revogação da prisão de Bacellar foi aprovado por 4 votos a 3. Apesar da vitória apertada na CCJ, este resultado não garante a liberdade do parlamentar.
A Constituição Federal e o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) exigem que qualquer decisão sobre a prisão de um deputado estadual seja submetida ao Plenário.
A sessão de votação em Plenário está prevista para ocorrer ao longo da tarde e noite. Para que a prisão seja mantida e Bacellar continue detido, são necessários 36 votos dos deputados.
A votação de hoje colocará à prova o alinhamento da Casa com as decisões do Poder Judiciário. O resultado definirá não só o futuro de Rodrigo Bacellar, mas também o equilíbrio de poder entre os legisladores fluminenses e o STF.
Da redação da Rádio Natividade
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