Plenário da Alerj decide pela soltura de Rodrigo Bacellar

A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou, em sessão extraordinária realizada nesta segunda-feira (8), o projeto de resolução que revoga a prisão do presidente da Casa, deputado Rodrigo Bacellar (União Brasil).

A decisão do plenário, no entanto, não garante a soltura imediata do parlamentar, pois a palavra final caberá ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Com uma votação expressiva, 42 deputados votaram a favor da revogação da prisão, enquanto 21 foram contrários e duas abstenções foram registradas, totalizando 65 parlamentares participantes. A votação no plenário seguiu a recomendação favorável emitida mais cedo pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.

Apesar do resultado, o presidente da Alerj permanecerá preso até que o STF se manifeste. O rito legal prevê que o projeto de resolução seja publicado no Diário Oficial nesta terça-feira (9) e, em seguida, encaminhado à Corte Suprema para análise.

O ministro Alexandre de Moraes, responsável pela ordem de prisão, deverá então reconhecer ou não a validade da decisão legislativa e deliberar sobre a liberação de Bacellar.

Entenda a Prisão

Rodrigo Bacellar foi preso na última quarta-feira (3), sob a acusação de ser suspeito de vazar informações sobre uma operação federal que mirava uma quadrilha especializada em tráfico internacional de armas e drogas, corrupção de agentes públicos e lavagem de dinheiro.

No pedido de prisão, a Polícia Federal (PF) apresentou evidências que apontam para uma relação próxima entre o parlamentar e o ex-deputado “TH Joias”, preso por negociar armamentos para o Comando Vermelho (CV).

Em trechos de mensagens, “TH Joias” se referia a Bacellar como “01” e incluiu o telefone do presidente da Alerj em uma lista de “comunicação urgente”. Segundo os investigadores, o teor dos diálogos sugere que Bacellar foi alertado sobre a operação policial que ocorreria no dia seguinte à troca de mensagens.

Bacellar, que está em seu segundo mandato como presidente da Alerj — reeleito por unanimidade em fevereiro deste ano — agora aguarda a decisão do Judiciário para definir seu futuro político e jurídico.

Da redação da Rádio Natividade