Dois envolvidos em supostas disseminações de notícias falsas, as famosas Fake News, no âmbito do município de Porciúncula foram notificados pela Justiça na última semana. Em decisão liminar, o juiz Maurício dos Santos Garcia, determina que um militante político da cidade e um blogueiro que autua na região, se abstenham de realizar novas publicações que contenham o nome do secretário de Saúde Adriano Almeida Monteiro e o prefeito Leonardo Paes Barreto, sob pena de multa fixa no valor de R$200 por cada ato praticado.
“ É sabido que o direito à imagem, cujo caráter é personalíssimo mereceu menção destacada no artigo 5º, inciso V da Constituição da República. Contudo, também é certo que a liberdade de comunicação é protegida pela Constituição da República (artigo 220), que estabelece certos limites para impedir excessos e arbítrios, a criar obstáculos ao abuso do direito. No caso concreto, em cognição sumária, pelos documentos juntados à inicial, observa-se que os demandados, aparentemente, extrapolaram o direito de informar, já que o vídeo aponta algumas acusações ao autor e um dos réus o chama de bandido. Aqui se configura a verossimilhança das alegações autorais”, asseverou o magistrado.
Em publicação através de vídeo, o réus, dentre outras ofensas, se dirigem ao prefeito e o secretário, como sendo “mais sujos que poleiro de pato, maquiavélicos, terríveis, perseguidores de trabalhadores e bandidos”. Na mesma decisão, o juiz ordena que o Facebook retire de exibição o vídeo e que os requeridos removam de todos os veículos e redes sociais postagens que denigrem a imagem e honra do requerente, sob pena de multa diária de R$ 100 limitada a R$ 3 mil.
A ação foi ajuizada pelo advogado Thiago Luquetti, especialista em direito eleitoral, que destaca que ao contrário do pensamento de alguns, o ambiente de redes sociais, não deve ser considerado local sem lei.
– Como hoje uma maciça parcela da sociedade se utiliza das redes sociais as ofensas a honra alheia também passaram a ser praticadas nesse ambiente e por isso foram criados mecanismos jurídicos para combater tais ilícitos e preservar a imagem daqueles que estão sendo injustamente atacados, como ocorreu neste caso, – destacou o profissional.
Da redação da Rádio Natividade